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Transformação na Saúde: O que muda com CID-11 para os Musicoterapeutas e Terapeutas Infantis

O que é a CID-11?

A CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, 11ª edição) é o sistema global usado para identificar e classificar doenças, condições de saúde e outros problemas médicos. Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ele serve como um padrão internacional para diagnósticos médicos, ajudando profissionais da saúde, pesquisadores e sistemas de saúde a falarem a mesma língua.

A implementação da CID-11 no Brasil é uma notícia que promete transformar o cenário da saúde pública, trazendo novas oportunidades e desafios para os musicoterapeutas e terapeutas infantis. Essa mudança na classificação de doenças, coordenada pelo Ministério da Saúde, pode impactar diretamente o seu trabalho, e aqui está o porquê você deve prestar atenção e se atualizar o mais rápido possível.

Oportunidades de Ouro com a CID-11

Imagine ter acesso a uma classificação de doenças mais detalhada e flexível, que não só melhora a precisão dos diagnósticos, mas também facilita a personalização do tratamento para cada criança. A CID-11 propõe exatamente isso! 

Com essa nova revisão, você terá ferramentas mais eficientes para entender e tratar as condições de saúde mental e emocional das crianças, permitindo intervenções mais personalizadas e eficazes.

O que mudou na CID-11?

Se comparada à versão anterior (CID-10), a CID-11 traz:
Termos mais atualizados e alinhados com a ciência atual.
Mais detalhes sobre transtornos mentais e do neurodesenvolvimento (como autismo e TDAH).
Novas categorias, incluindo “Burnout” como um problema relacionado ao trabalho.
Classificação de diagnósticos mais flexível, facilitando o uso digital e a integração com prontuários eletrônicos.

Por que isso é Importante para Você?

Diagnósticos Mais Precisos: Com a CID-11, as condições são classificadas de maneira mais específica, ajudando a identificar nuances que podem ser o diferencial para o tratamento infantil.

Integração com Tecnologia: A nova classificação é totalmente digital, o que significa que você pode acessar informações atualizadas e relevantes com facilidade, integrando-as em seu trabalho diário.

Colaboração Internacional: A CID-11 foi desenvolvida com contribuições globais, garantindo que você esteja alinhado com as melhores práticas internacionais.

Desafios a Serem Considerados

Claro que toda mudança vem com seus desafios. O processo de implementação da CID-11 no Brasil enfrenta desafios como a tradução para o português e a capacitação de profissionais. Ela entrou em vigor em janeiro de 2022, porém o cronograma prevê a plena adoção da CID-11 até 2027, com etapas cuidadosamente planejadas para garantir uma transição suave.

Essa transição e adaptação podem demandar tempo e esforço, por isso é essencial que você se prepare para essa mudança, buscando capacitação e atualizando seus conhecimentos para aproveitar ao máximo as novas ferramentas.

Como Se Preparar?

  • Capacite-se de forma contínua: Invista em cursos e workshops que ofereçam treinamento específico sobre a CID-11.
  • Faça networking: Conecte-se com outros profissionais para compartilhar experiências e soluções sobre a implementação da nova classificação, como a Comunidade MusicalMente Atípica, na qual abrimos conversar sobre temas como este e outros da mesma importância.
  • Atualize-se constantemente: Mantenha-se informado sobre as atualizações e mudanças na CID-11 para garantir que suas práticas estejam sempre atualizadas.
  • Adapte seus prontuários e documentos terapêuticos: os ajustes ainda podem acontecer durante a implementação. Aproveite esse momento para se adequar à essa nova linguagem e facilitar sua comunicação com os outros profissionais e até mesmo com as operadoras de saúde.

Concluimos que: SIM! É tempo de mudança para a Terapia Infantil

A implementação da CID-11 é uma oportunidade incrível para musicoterapeutas e terapeutas infantis explorarem novas formas de tratar e entender as crianças com o desenvolvimento típico e atípico. Embora existam desafios, eles são superáveis com a preparação e o aprendizado contínuo. 

Abrace essa mudança e veja como ela pode enriquecer sua prática e beneficiar ainda mais seus pequenos pacientes.

Darda Azevedo

Darda Azevedo

Musicoterapeuta Especialista em Desenvolvimento Infantil

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Sempre fui muito encantada com a pureza das crianças. Desde a minha infância dedicava minha atenção para ajudá-las na igreja que eu frequentava. Criava aulas criativas, canções e muitas brincadeiras para interagir. Nesse momento eu já sentia que iria trabalhar em algo que envolvesse isso. Ainda nesse período, descobri a música como uma paixão latente que foi aflorando ao longo do tempo até que comecei a estudar violino, já na minha adolescência. Ali eu tive certeza que queria poder usá-la como um futuro trabalho. Na minha escola tivemos aqueles testes de profissão, onde eu ouvi falar pela primeira vez em Musicoterapia. Meu coração bateu mais forte naquele momento, onde tudo pareceu fazer sentido. 

A partir dali comecei a minha jornada em busca dessa profissão, que se inicia em 2008 com a Licenciatura em música na cidade de Cascavel, com alguns percalços no caminho até enfim chegar a Curitiba para fazer a graduação em Musicoterapia em 2015. Por forças maiores tive que optar em parar e finalizar pela especialização em 2017. Mas desde o início da minha vida profissional, em 2012, comecei a atuar em escolas que estavam iniciando o processo de inclusão. Pra mim foi fascinante descobrir o desenvolvimento atípico ali dentro. Mal sabia quais eram os diagnósticos que estavam em minha sala de aula. Mas eu sempre observava algumas crianças que tinham essas diferenças no desenvolvimento e criava oportunidade de interagir e integrá-las na turma. 

Assim, foram-se passando alguns anos, tive experiências em outras escolas e descobri que minha paixão era o desenvolvimento atípico. Em 2013 me mudei para Ponta Grossa e fiquei ali por um ano. Nesse período simplesmente decidi que queria trabalhar com crianças autistas. Não fazia ideia do que era o TEA ainda e tinha uma visão muito estereotipada. Daquelas em que achamos que a criança “vive no mundinho dela”, “não gosta de interagir” ou mesmo “que são todas parecidas”, eu não entendia quase nada sobre isso, mas estava muito disposta a aprender. Mandei meu currículo para uma instituição educacional da prefeitura que atendia um público autista infanto-juvenil. Me aceitaram para que eu iniciasse o trabalho de musicalização com as crianças do local. Foi maravilhoso, pois o meu primeiro contato direto com esse público, se deu ali. Nessa instituição aprendi muito, comecei a expandir muito meu pensamento fechado, e graças a minha curiosidade aguçada, busquei compreender e quebrar os paradigmas colocados pela sociedade que não vivencia a neuro divergência de perto.

Enfim, chegando em Curitiba, já busquei uma instituição que me desse a oportunidade de continuar trabalhando com autismo. Encontrei! Foi muito importante pra mim, pois aprendi muito nesse lugar. Entendi que o autismo é um grande espectro, que existem formas eficientes de estimulação do desenvolvimento. Nesse local trabalhava inicialmente com atendimentos grupais, então comecei a analisar técnicas para tornar meus atendimentos mais eficientes, fui criando estratégias e estruturando minhas aulas para que o grupo inteiro fosse beneficiado e não apenas fazer atividades musicais de entretenimento. Eis que houve um momento que o trabalho de grupo foi dissociado para trabalho individual com cada criança, e aí foi o pulo do gato para que eu entendesse e que apesar de terem os critérios diagnósticos parecidos, cada pessoa é única e possui seu jeitinho próprio, que devemos compreender essas diferenças. Vários questionamentos surgiram em minha cabeça que me ajudaram a compreender as 5 estratégias musicais para trabalhar com autismo. O meu primeiro curso… 

Hoje em dia estou focando em compartilhar todo o conhecimento adquirido nessas vivências, pois na época era muito difícil encontrar informações de fácil acesso principalmente relacionado à Musicoterapia ou musicalização para desenvolvimento atípico. Por isso hoje tenho o meu canal no Youtube dedico à isso, chamado Em Cantar Criança, faço cursos para preparar e auxiliar outros profissionais nessa jornada que é tão linda.

Preencha para acessar o contéudo.