Você já deve ter se perguntado: por que escolher a musicoterapia se já existe a musicalização? Essa confusão ainda é comum nos dias atuais, levando muitos a questionar a escolha entre essas atividades. A principal diferença é que a musicoterapia é uma área da saúde. Antes de entender o porquê, vamos definir o que é saúde.
O que é saúde?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde é “o estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” (OMS, 1946). Esse conceito enfatiza que as profissões da área da saúde, como a musicoterapia, visam promover o bem-estar e o desenvolvimento integral do ser humano, englobando aspectos biológicos, psicológicos, sociais e emocionais.

Musicoterapia é terapia
O próprio nome já diz tudo, musico-terapia.
Terapia é uma forma de cuidado com a saúde. Ela se concentra principalmente na saúde mental e emocional, mas também pode impactar positivamente a saúde física e o bem-estar geral de uma pessoa. Sendo assim compreendemos que a música, no processo terapêutico, promove desenvolvimento social, psicológico e até biológico do ser em busca dessa saúde física e mental.
No caso de um paciente autista, ela visa potencializar a comunicação e a interação socialização. Já na doença de Alzheimer, reconquista habilidades cognitivas, estimula da memória, e muito mais. Em outras patologias, desenvolve e promove outros pontos importantes de estimulação e habilidades para que esse bem-estar integral do paciente seja alcançado. Diferente do conceito educacional, onde a musicalização e aulas de música se encontram desenvolvendo habilidades musicais do aluno, ensinando técnicas musicas, de instrumentalização, vocais e muito mais.

Onde pode-se encontrar um musicoterapeuta?
A musicoterapia é versátil e muito ampla, aplicável em várias áreas de atuação, como:
- hospitais,
- clínicas,
- escolas,
- lar de idosos
- e outros ambientes
Embora ainda esteja na luta pela regulamentação, ela tem ganhado espaço e reconhecimento nas demais áreas da saúde.
Ainda existem encontram muitas barreiras com planos de saúde, e em muitos casos, as famílias e profissionais dependem de processos jurídicos para cobertura ou reembolso da sessão ao paciente.
Portanto, é importante reafirmar que musicoterapia vai além da música: ela é uma ferramenta valiosa para a área da saúde. Auxilia no tratamento de condições de saúde como ansiedade, estresse, dor crônica, Alzheimer ou AVC, além de transtornos e síndromes como o transtorno do espectro autista, TDAH, T21, por exemplo.
É uma técnica terapêutica que proporciona bem-estar, equilíbrio emocional e desenvolvimento integral, utilizando a música como ferramenta principal.
Ah, é muito importante lembrar que as práticas musicoterapêuticas só podem ser feitas com orientação de profissionais devidamente capacitados em musicoterapia. Muitas pessoas confundem a musicoterapia com o uso da música em atividades que não são musicoterápicas. A tentativa de realizar atividades sem conhecimento técnico, além de não gerar resultados positivos, podem causar danos importantes ao paciente como no caso da iatrogenia. Mas isso é um assunto para um próximo post.
Fontes:
www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-exercitar/noticias/2021/o-que-significa-ter-saude